Como voltar a ganhar motivação para estudar
Todos já tivemos dias (ou fases) assim. A vontade de estudar desaparece, o tempo passa, a sensação de culpa começa a crescer, mas a motivação teima em resistir. Começamos a procrastinar, o estudo fica sempre para o dia seguinte e, de repente, tudo parece mais urgente do que pegar nos livros — até organizar a gaveta das meias.
Mas há boas notícias: é possível recuperar o foco e vencer a falta de motivação para estudar. Isto porque a motivação pode não ser constante, mas pode ser cultivada. Com pequenas mudanças na rotina e algumas estratégias simples, estudar pode voltar a ser um hábito produtivo (e, em certos dias, até satisfatório).
Aqui ficam algumas sugestões práticas para quem quer voltar ao ritmo certo, ler mais, recuperar a falta de motivação para estudar e evitar a procrastinação.
Criar uma rotina
Os humanos são animais de rotina. A motivação nem sempre aparece antes de começar. Lobo Antunes senta-se todos os dias a escrever de manhã, mesmo que não tenha vontade nem ideias. A disciplina faz o escritor. Por isso, é importante estabelecer horários fixos.
Em primeiro lugar, os horários ajudam o cérebro a antecipar que aquele momento do dia está reservado para aprender. Com o tempo, torna-se um hábito tão natural como escovar os dentes. Por outro lado, mesmo em dias sem vontade, a motivação pode surgir durante o estudo, porque encontra alguma matéria que o entusiasma.
Dividir tarefas grandes em partes pequenas
Outra dica para lidar com a procrastinação e a falta de motivação é dividir tarefas grandes em várias tarefas pequenas. Por exemplo, em vez de pensar que tem de “estudar para o exame de Matemática”, pense em “resolver cinco equações por dia” e “cinco exercícios de geometria por dia”. Se tem de ler um livro de 300 páginas para Português, pense que tem de ler 50 páginas por dia para o terminar em 6 dias.
As tarefas mais pequenas são menos intimidantes e ajudam a manter o foco. Além disso, ao completar cada uma, há uma sensação de progresso que nos motiva a continuar. O cérebro gosta de pequenas vitórias e é assim que se cria o impulso necessário para fazer mais.
Procurar explicações claras e adaptadas
Nem sempre o problema é a falta de esforço. Muitas vezes, está na forma como os conteúdos são apresentados. Um manual mal estruturado ou uma aula demasiado teórica pode dificultar a aprendizagem. Nesses casos, procurar apoio com explicações pode ser a solução. Ter um professor que explica de forma clara, passo a passo, faz toda a diferença, sobretudo em matérias que exigem raciocínio, como Física, Química ou Matemática.
Para quem prefere estudar a partir de casa, também pode encontrar diversas explicações online, que permitem maior flexibilidade de horários e, muitas vezes, preços mais acessíveis. Estudar sozinho é importante, mas ter orientação personalizada pode acelerar (e muito) o progresso. Além disso, cria um compromisso para estudar, o que é importante em época de exames.
Estudar com pausas
Fazer pausas durante o estudo não é perder tempo, é ganhar produtividade. Aliás, estudar sem parar pode levar ao efeito contrário: cansaço mental, distrações e desmotivação. Uma técnica útil é a Pomodoro: estudar durante 25 minutos, fazer uma pausa de 5 minutos, e repetir o ciclo. Ao fim de quatro blocos, fazer uma pausa mais longa, de 15 a 30 minutos. Estes intervalos permitem que o cérebro descanse e retome o foco mais facilmente.
Escolher um ambiente adequado ao estudo
O espaço onde se estuda influencia directamente a concentração. Se tem a televisão ou o telemóvel mesmo ao lado, vai procrastinar. Pelo contrário, um ambiente arrumado, calmo e com boa iluminação ajuda a entrar no “modo estudo”. Recomendo manter apenas o essencial em cima da secretária, evitar estudar na cozinha ou na sala e claro, ficar longe do telemóvel.
Relembrar o porquê de se estar a estudar
A motivação também depende do significado que se atribui ao estudo. Quando não se sabe ao certo porque se está a fazer algo, é natural que a vontade desapareça. Por isso, quer precise de manter a motivação para fazer exercício físico ou para estudar, o importante é ter um objectivo claro. Por exemplo, se precisa de estudar para entrar num curso universitário, imagine-se a exercer essa profissão.
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